O neuroblastoma é o terceiro tipo de câncer infantil mais comum e representa de 8% a 10% de todos os tumores em crianças. Estima-se que surjam 387 novos casos desse câncer a cada ano no Brasil, e pelo menos metade deles é considerado de alto risco.
O medicamento Qarziba é recomendado para pacientes a partir de 12 meses que já foram submetidos a quimioterapia de indução, transplante de células tronco e outros tratamentos. Ele foi utilizado em estudos clínicos desde 2009, em 18 países, em mais de mil pacientes. Em outros países como Reino Unido, Escócia, Bélgica, Suécia e Austrália, o medicamento já é recomendado para o tratamento de pacientes com neuroblastoma de alto risco.
Atualmente, o medicamento é autorizado no Brasil, mas seu uso é restrito à rede privada, sem aprovação da Conitec. Muitas famílias têm enfrentado dificuldades para ter acesso a esse tratamento de alto custo, recorrendo a vaquinhas online para conseguir o valor necessário.
O Ministério da Saúde divulgou que “acompanha e apoia com o máximo interesse as pesquisas e os avanços tecnológicos para tratamentos que podem ser incorporados ao SUS”. O governo já se reuniu com o laboratório fabricante do medicamento para demonstrar a possibilidade de análise pela Conitec e está pronto para iniciar o processo de avaliação, assim que a empresa solicitar a incorporação.
Se aprovado, o acesso ao medicamento Qarziba no SUS representará um avanço importante no tratamento do neuroblastoma, oferecendo mais possibilidades terapêuticas para as crianças diagnosticadas com essa condição.