Conselho Nacional recomenda uso de câmeras corporais pelas polícias em todo o país para reforçar transparência e proteger ação policial

O Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP) aprovou, nesta sexta-feira (19), uma recomendação para o uso de câmeras corporais pelas polícias em todo o país. A medida, embora não obrigatória, terá de ser submetida ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, para aprovação.

A proposta aprovada estabelece regras gerais para a gravação, armazenamento e acesso às imagens capturadas durante as atividades de policiamento realizadas pelas corporações. Segundo o texto, os órgãos de segurança pública deverão adotar sistemas de câmeras que possuam acionamento automático, efetuando gravações durante todo o turno de serviço e armazenando as imagens por, no mínimo, três meses.

As gravações deverão ser realizadas em situações como prisões em flagrante, cumprimento de mandados de prisão e inspeções de atividades prisionais. Além disso, a recomendação prevê que pessoas que sofreram abordagens policiais inadequadas e agentes acusados de abuso de autoridade poderão solicitar acesso às imagens para comprovar a legalidade de sua atuação.

O presidente do conselho, Douglas Martins, ressaltou que a recomendação tem como objetivo reforçar a transparência das ações policiais, obter provas para investigações, proteger a ação policial e auxiliar no controle externo da atividade policial pelo Ministério Público. Ele ainda destacou que a decisão do conselho foi pela aprovação de uma recomendação, ao invés de uma resolução com caráter mais impositivo.

O CNPCP, ligado ao Ministério da Justiça, tem a função de auxiliar na formulação de políticas públicas na área criminal e penitenciária, e é composto por profissionais da área jurídica, professores e representantes da sociedade civil. Agora, a recomendação para o uso de câmeras corporais pelas polícias aguarda a aprovação do ministro da Justiça e Segurança Pública para entrar em vigor em todo o país.

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