Aumento alarmante: casos de dengue no Distrito Federal aumentam 646% em relação ao ano anterior, com 17.150 casos suspeitos.

Os casos de dengue no Distrito Federal tiveram um aumento surpreendente de 646% nas três primeiras semanas de 2024 em comparação ao mesmo período do ano passado. Ao todo, foram registrados 17.150 casos suspeitos da doença, dos quais 16.628 são classificados como casos prováveis pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal. Em 2023, essa contagem foi de 2.154 casos prováveis, indicando um aumento alarmante.

As estatísticas do boletim epidemiológico revelam que Ceilândia lidera as regiões administrativas com o maior número de casos de dengue, totalizando 3.963 registros, seguida por Sol Nascente/Pôr do Sol com 1.110 casos, Brazlândia com 1.045 e Samambaia com 997. Além disso, três óbitos causados pela doença já foram confirmados em 2024.

O perfil dos casos prováveis de dengue indica uma maior incidência em mulheres, com 527,7 casos por 100 mil habitantes. Quanto à faixa etária, a maior incidência está na faixa de 70 a 79 anos, com 605,1 casos por 100 mil habitantes, seguido pelos grupos de 20 a 29 anos e 80 anos ou mais, com 589,3 e 575,4 casos por 100 mil habitantes, respectivamente.

A Secretaria de Saúde alerta que a suscetibilidade ao vírus da dengue é universal, porém fatores de risco individuais, como idade, etnia e presença de comorbidades, podem determinar a gravidade da doença. Crianças mais novas e pessoas com mais de 65 anos estão entre os grupos de maior risco.

Em relação à prevenção, o Ministério da Saúde anunciou a inclusão de 521 municípios brasileiros no programa de vacinação contra a dengue pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de fevereiro. Estes municípios pertencem a 37 regiões de saúde consideradas endêmicas para a doença e atendem a critérios como alta transmissão de dengue e predominância do sorotipo DENV-2. A vacinação será direcionada a crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, faixa etária que concentra um elevado número de hospitalizações por dengue.

Diante desses números alarmantes, é fundamental que as autoridades de saúde intensifiquem as ações de prevenção e controle da dengue, além de garantir o acesso à vacinação para a população em risco. A conscientização da população sobre medidas preventivas também se faz necessária para conter a propagação da doença.

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