Caixa Econômica Federal assina acordo para beneficiar empregados perseguidos durante gestão de Pedro Guimarães

A Caixa Econômica Federal assinou um termo de ajuste de conduta (TAC) com o Ministério Público do Trabalho do Distrito Federal que irá beneficiar os empregados que foram vítimas de perseguição durante a gestão do ex-presidente do banco, Pedro Guimarães. Segundo o TAC, o tempo de experiência a ser considerado nos processos seletivos internos (PSI) da Caixa para funções gratificadas e cargos comissionados aumentou de cinco para dez anos, visando reconhecer a experiência acumulada antes de sofrerem perseguição.

A Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) comemorou a assinatura do TAC, afirmando que essa era uma demanda das entidades associativas e dos sindicatos para que se fizesse justiça aos empregados que foram perseguidos pelo ex-presidente do banco. A Fenae ainda destacou que a experiência desses trabalhadores é essencial para a Caixa e que o TAC garantirá que essa experiência seja contabilizada no processo de seleção.

Além da Fenae, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT) participou das negociações e da audiência de assinatura do TAC. Com a assinatura do acordo, o prazo de experiência será aplicado nos processos seletivos institucionalizados na Caixa, como o PSI tradicional, a formação de banco de sucessores e o Experiência Oportunidade Caixa. Além disso, o TAC também aumentou o aproveitamento da experiência do empregado em processos de transferência entre funções comissionadas sem processo seletivo.

Pedro Guimarães, que renunciou ao cargo de presidente da Caixa após denúncias de assédio moral, virou réu por denúncias de assédio sexual e moral feitas por funcionárias do banco. Em abril do ano passado, a Caixa fechou um acordo com o Ministério Público do Trabalho do Distrito Federal para pagar uma indenização de R$ 10 milhões para encerrar as denúncias das funcionárias. O acordo evitou que a instituição financeira pagasse multa de até R$ 300 milhões.

Portanto, com a assinatura do TAC, os empregados da Caixa que sofreram perseguição durante a gestão de Pedro Guimarães terão vantagens nos processos seletivos internos do banco, já que agora a sua experiência acumulada será considerada por um prazo de dez anos, em vez de cinco. Essa medida visa compensar os empregados que foram prejudicados durante o período de perseguição e garantir que a Caixa aproveite ao máximo a experiência de seus funcionários.

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