Brasil pede à Israel cumprimento imediato de determinações da Corte Internacional de Justiça para ajuda humanitária em Gaza.

O Ministério das Relações Exteriores (MRE) emitiu um comunicado exigindo que Israel acate imediatamente as decisões da Corte Internacional de Justiça (CIJ). O Itamaraty ressaltou a natureza vinculante das medidas cautelares aprovadas no processo movido pela África do Sul, destacando a importância das mesmas para garantir o cumprimento da Convenção e a proteção dos direitos do povo palestino.

Além disso, o governo brasileiro manifestou sua convicção de que as medidas cautelares contribuirão para o alívio humanitário imediato e a cessação das hostilidades na região. A nota oficial também reforçou a importância da imediata liberação dos cerca de 130 reféns que permanecem em poder do grupo Hamas.

O Ministério das Relações Exteriores reiterou a defesa da solução de dois Estados, defendendo a coexistência pacífica de um Estado palestino economicamente viável e Israel, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas, que incluem a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, tendo Jerusalém Oriental como capital.

A decisão da CIJ, mais alta instância das Nações Unidas, determinou que Israel permita a chegada de ajuda humanitária à Faixa de Gaza e evite que suas forças cometam genocídio. No entanto, a corte não se posicionou diretamente sobre a acusação principal do processo, referente à ocorrência de genocídio na Faixa de Gaza, alegando a complexidade desse tipo de processos e o tempo necessário para uma decisão definitiva.

O comunicado do MRE destaca a posição do Brasil em defesa dos direitos do povo palestino e ressalta a necessidade de Israel cumprir as determinações da CIJ. A nota oficial também reafirma a postura brasileira em favor da solução de dois Estados, buscando a paz e segurança na região.

Essa recente decisão da CIJ intensifica as tensões na região do Oriente Médio e coloca em destaque a grave situação humanitária vivida pelo povo palestino na Faixa de Gaza. O caso deve continuar a gerar repercussões internacionais e pressões sobre o governo israelense para o cumprimento das determinações do tribunal internacional.

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