Familiares de vítimas denunciam mudança na competência para julgar acusados do desastre da barragem de Brumadinho, cinco anos após a tragédia.



O desastre de Brumadinho: cinco anos de impunidade

No dia 25 de janeiro, completa-se o quinto aniversário do desastre da barragem de Brumadinho, em Minas Gerais. O rompimento da barragem da Vale ainda ecoa na memória das famílias das vítimas e na luta por justiça. Em 2023, durante um debate na Comissão de Direitos Humanos (CDH), os familiares das vítimas expressaram sua indignação com a mudança na competência para julgar os acusados pelo desastre, apontando isso como uma clara violação dos direitos humanos.

Andresa Rodrigues, presidente da Associação dos Familiares de Vítimas e Atingidos do Rompimento da Barragem Mina Córrego Feijão Brumadinho, fez questão de destacar que os processos retornaram à fase inicial, de citação, o que está retardando significativamente a punição dos responsáveis pela tragédia. A lentidão no andamento dos processos tem causado frustração e revolta entre os familiares, que clamam por justiça e reparação.

Além disso, a tragédia de Brumadinho também expôs falhas nos sistemas de fiscalização e prevenção de desastres desse tipo. O desastre trouxe à tona a necessidade urgente de reformas e melhorias nas leis e regulamentações relacionadas à mineração e à segurança das barragens em todo o país.

Até hoje, as marcas do desastre persistem na paisagem e na vida das pessoas afetadas, e a luta por justiça continua. A memória das vítimas segue sendo honrada, e as vozes de seus familiares ecoam, exigindo que o Estado e as empresas responsáveis assumam sua obrigação de reparar os danos e garantir que tragédias como a de Brumadinho nunca mais se repitam.


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