Hospital Infantil Albert Sabin (Hias) oferece cuidados paliativos pediátricos fora do ambiente hospitalar para crianças em tratamento.

Hospital Infantil Albert Sabin, no Ceará, oferece novo serviço ambulatorial de cuidados paliativos para crianças. A iniciativa visa atender pacientes que necessitam de cuidados prolongados e mais complexos, mas não precisam permanecer internados. Desde dezembro, o hospital conta com esse novo atendimento, que proporciona às crianças viverem fora do ambiente hospitalar, com acompanhamento multidisciplinar.

A médica intensivista do Hias, Cinara Carneiro, especialista em cuidados paliativos, destaca que o novo serviço permite que as crianças vivam uma qualidade de vida fora do hospital, mesmo dentro de uma limitação física e com fragilidades. De forma positiva, Cinara ressalta que as mães adoram voltar ao hospital e mostrar como estão cuidando das crianças em casa, passeando, viajando e indo à praia.

Um dos cases de sucesso é o de Miriam Rodrigues, residente de Aracati, que conta com o apoio do ambulatório de Cuidados Paliativos Pediátricos para lidar com a condição de saúde de sua filha, Ayla, de 2 anos, que devido a uma cardiopatia grave, sofreu paradas cardiorrespiratórias e deixou sequelas em seu sistema neurológico. Com o quadro de saúde estabilizado, Ayla está sendo acompanhada de perto pelo novo serviço do Hias, que abrange análise de sintomas, exames regulares, ajustes nos medicamentos, além de orientações sobre hábitos e cuidados em casa.

Miriam destaca a importância do apoio contínuo que recebe do hospital, sobretudo as orientações de como cuidar da saúde de Ayla. Ela enfatiza que, apesar da condição imprevisível da filha, se sente preparada e apoiada. Além disso, Miriam valoriza o contato dos médicos do hospital com a sua cidade, auxiliando em diagnósticos mais complexos quando necessário.

Além do Hias, o Centro Pediátrico do Câncer (CPC) também oferece serviços de cuidados paliativos para crianças. Sob a liderança da oncologista Bruna Alcântara, o CPC atende os pacientes desde o momento do diagnóstico. A médica destaca que o enfoque não está na preparação para o fim da vida, mas sim em aprender a viver da melhor maneira possível diante da falta de resposta aos tratamentos.

O serviço de cuidados paliativos do CPC, em parceria com a Associação Peter Pan, realizou o evento “Eu tenho um anjo”, para acolher as famílias de cerca de 60 crianças que faleceram em decorrência do câncer. O objetivo é oferecer suporte emocional às famílias nesse momento delicado.

Com o avanço dos serviços de cuidados paliativos, o Hospital Infantil Albert Sabin e o Centro Pediátrico do Câncer reafirmam seu compromisso com o tratamento médico e o apoio emocional às famílias, buscando manter a qualidade de vida das crianças em situações delicadas de saúde.

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