Secretaria de Saúde do DF pede apoio do Exército no combate ao Aedes aegypti em meio à explosão de casos de dengue

A Secretaria de Saúde do Governo do Distrito Federal está buscando apoio do Exército para o combate ao mosquito Aedes aegypti. Além do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros, a secretaria pretende aumentar a frente de combate ao mosquito com a ajuda do Exército.

“A vacina vem nos dar um alento. Mas temos de fazer nosso dever de casa, nossa parte. Vamos conversar com o Ministério da Defesa e pedir apoio também ao Exército para ampliar a nossa frente de combate ao mosquito”, disse a secretária de Saúde do DF, Luciene Florêncio, em coletiva de imprensa.

O governo do Distrito Federal declarou situação de emergência em meio a uma explosão de casos de dengue. Os casos de dengue no DF aumentaram 646% em relação ao mesmo período do ano passado, com 17.150 ocorrências suspeitas, das quais 16.628 são classificados como casos prováveis pela Secretaria de Saúde.

A região administrativa da Ceilândia apresenta a maior incidência de dengue, com 3.963 casos, seguida por Sol Nascente/Pôr do Sol (1.110), Brazlândia (1.045) e Samambaia (997), e três mortes confirmadas em 2024.

O Ministério da Saúde informou que 521 municípios brasileiros foram selecionados para iniciar a vacinação contra a dengue através do Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de fevereiro. As regiões selecionadas atendem a três critérios: são formadas por municípios de grande porte com mais de 100 mil habitantes; registram alta transmissão de dengue no período 2023-2024; e têm maior predominância do sorotipo DENV-2.

Serão vacinadas crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, uma das faixas etárias que concentram maior número de hospitalizações por dengue. De janeiro de 2019 a novembro de 2023, o grupo respondeu por 16,4 mil hospitalizações, atrás apenas dos idosos, grupo para o qual a vacina não foi autorizada. Em Brasília, a vacinação ocorrerá nas 37 regiões de saúde que são consideradas endêmicas para a doença.

Com a rápida disseminação da dengue e o aumento expressivo de casos no Distrito Federal, o apoio das Forças Armadas será fundamental para conter a proliferação do mosquito Aedes aegypti e proteger a população da doença.

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