De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, a cooperação estratégica proposta no memorando pode viabilizar estudos sobre projetos em Três Lagoas (MS) e Cuiabá (MT), no Brasil, e em Porto Quijarro (Santa Cruz), Uyuni (Potosí), Copaisa (Oruro) e Santivañez (Cochabamba), na Bolívia.
A implementação do memorando será conduzida por um grupo de trabalho conjunto, formado por representantes das áreas técnicas, responsáveis por elaborar um plano estratégico de cooperação em conformidade com as leis brasileiras e bolivianas.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, a Bolívia possui grandes reservas de gás natural, matéria-prima essencial para a produção de fertilizantes nitrogenados, além de minerais utilizados em outros tipos de nutrientes. No entanto, o país carece de capacitação e recursos para desenvolver suas cadeias produtivas.
O memorando pretende reduzir essa carência através de ações de cooperação técnica, plano de desenvolvimento industrial, programa de atração de investimento, entre outras medidas.
A assinatura do acordo ocorreu durante a visita da chanceler boliviana, Celinda Sosa Luna, que veio ao Brasil acompanhada pelos ministros de Hidrocarbonetos, Franklin Molina, e de Desenvolvimento Rural e Terras, Remmy Gonzáles, para discutir questões de interesse mútuo.
O Brasil é o principal parceiro comercial da Bolívia, com uma corrente de comércio bilateral totalizando US$ 3,3 bilhões em 2022. A Bolívia é o principal fornecedor de gás natural ao mercado brasileiro, desempenhando um papel fundamental na segurança energética do país.
Durante o encontro no Palácio do Itamaraty, os representantes dos dois países também assinaram um acordo reconhecendo reciprocamente a validade das carteiras de habilitação emitidas no Brasil e na Bolívia, visando facilitar o trânsito rodoviário entre os dois países.
