De acordo com o BC, esse aumento na procura está relacionado a dois fatores. O primeiro é a maior preocupação das pessoas com fraudes e golpes, enquanto o segundo é a mudança na linguagem dos relatórios, que se tornaram mais simples e acessíveis ao público. Isso reduziu a procura nos canais do BC para tirar dúvidas sobre o conteúdo dos documentos.
Atualmente, o Registrato emite cinco tipos de relatório, incluindo informações sobre Chaves Pix em nome do cidadão, Empréstimos e Financiamentos, Contas e Relacionamentos em Bancos, Câmbio e Transferências Internacionais, e Cheques sem Fundos.
Segundo o BC, o relatório de Empréstimos e Financiamentos foi o serviço mais procurado dentro do Registrato, com uma média de 700 mil documentos emitidos por mês no ano passado. Em dezembro, esse relatório foi unificado, pois antes havia uma versão resumida e outra detalhada.
Além disso, em janeiro de 2022, o Sistema de Valores a Receber, que revela a existência de valores esquecidos no sistema financeiro, também promoveu a primeira rodada de consultas no Registrato. A procura foi tão grande que o BC criou uma página própria para esse tipo de demanda.
Ainda segundo o Banco Central, a reabertura do Sistema de Valores a Receber, que ocorreu em março do ano passado, contribuiu para o aumento da procura no Registrato, pois algumas pessoas confundiam os dois sistemas. Em outros casos, as pessoas passaram a conhecer o Registrato após fazer a consulta no Valores a Receber.
Para aprimorar o Registrato, o BC pretende implementar duas melhorias. A primeira é uma nova navegabilidade para o usuário, inclusive com melhorias de acessibilidade. Já a segunda é a notificação ao correntista em caso de abertura e encerramento de conta em instituições autorizadas pelo BC. Essa última novidade está sendo desenvolvida em parceria com a Secretaria de Governo Digital do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos.
O BC recomenda que o cidadão acesse o Registrato periodicamente, lembrando que cada relatório tem um prazo de atualização diferente, normalmente mensal. Para consultar as informações em tempo real, é recomendado procurar o banco, instituição ou órgão que incluiu o dado no relatório, pois as informações são de inteira responsabilidade dessas instituições. Em caso de erro ou omissão no relatório, o usuário deve entrar em contato diretamente com a instituição financeira citada para solicitar o ajuste.
