Os moradores da Estância Turística de Paraibuna sentiram o tremor, e um deles chegou a relatar ao Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo que o abalo sísmico “parecia uma explosão”. No entanto, não houve registro de feridos, danos a patrimônios públicos ou privados, de acordo com a prefeitura da cidade. Segundo as autoridades locais, esse tipo de tremor não é incomum na região, devido à constante acomodação do solo provocada pela presença da represa.
O sismólogo Bruno Collaço, do Centro de Sismologia da USP, destacou que tremores de magnitude 2 e 3 ocorrem semanalmente no Brasil, e afirmou que pequenos abalos sísmicos não são incomuns na região de Paraibuna. Ele ressaltou que, em geral, os sismos no Brasil têm causas naturais, decorrentes de pressões nas rochas da crosta terrestre, mas também mencionou a possibilidade de o tremor ter sido induzido pelas hidrelétricas que operam na região.
A Rede Sismográfica Brasileira informou que o último tremor de terra registrado no estado de São Paulo ocorreu no dia 19 de setembro de 2023, na cidade de Monte Azul Paulista, com magnitude de 2.2 mR.
Portanto, o evento sísmico em Paraibuna demonstra a ocorrência frequente de tremores na região e a importância de monitorar a atividade sísmica para garantir a segurança da população. A constante avaliação e análise desses eventos sísmicos são essenciais para compreender as características geológicas da área e prevenir danos maiores em futuros tremores de terra.
