De acordo com a determinação judicial, a recuperação judicial da empresa permanecerá suspensa até que novos administradores judiciais sejam designados para o caso e as reais condições das empresas LH – Lance Hotéis e MaxMilhas, que foram incluídas na recuperação apenas no início de outubro de 2023, sejam devidamente avaliadas.
Essa não é a primeira vez que a recuperação judicial da 123milhas é suspensa. Em setembro do ano passado, a Justiça de Minas Gerais já havia tomado uma medida semelhante, o que demonstra a complexidade e a gravidade da situação enfrentada pela empresa.
O caso da 123milhas tem gerado polêmica e preocupações desde agosto, quando a empresa decidiu suspender as emissões de passagens e pacotes da linha Promo, que tinham previsão de embarque entre setembro e dezembro do ano passado. Essa medida resultou em questionamentos da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) e em um inquérito aberto pelo Ministério Público de São Paulo para investigar a empresa.
Outro ponto importante foi a aceitação do pedido de recuperação judicial da empresa pela Justiça em agosto do mesmo ano, o que evidencia as dificuldades financeiras enfrentadas pela 123milhas.
Diante desses acontecimentos, a suspensão da recuperação judicial da 123milhas pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais representa mais um capítulo complicado na trajetória da empresa. A decisão da juíza Claudia Helena Batista reflete a necessidade de esclarecimentos e avaliações aprofundadas para garantir a transparência e a legalidade no processo de recuperação da companhia.
Espera-se que essa nova fase permita uma análise minuciosa da situação e contribua para o estabelecimento de medidas que possam assegurar a estabilidade e a solidez financeira da 123milhas. Continuaremos acompanhando os desdobramentos desse caso que tem impacto significativo no setor de viagens e turismo.
