De acordo com o comunicado oficial emitido pelo MEC, os resultados provisórios ficaram disponíveis por 25 minutos na manhã do dia 30 de janeiro, quando não deveriam ter sido divulgados. O MEC ressaltou que o sistema é seguro e que os resultados oficiais não foram alterados. Além disso, foi reforçado que os estudantes não selecionados na chamada regular têm a opção de entrar na lista de espera até o dia 7 de fevereiro, manifestando o interesse.
A divulgação indevida provocou frustração em diversos estudantes pelo país, que viram seus nomes na lista de aprovados para, posteriormente, descobrirem que tal informação era equivocada. Nas redes sociais, relatos de ansiedade e desapontamento foram compartilhados por estudantes que se viram com suas expectativas frustradas.
A estudante Cinthia Isabelly, 18 anos, relatou sua experiência, revelando que viu sua inscrição como selecionada para uma vaga no curso de Pedagogia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Porém, ao acessar o site do Sisu mais tarde, o resultado estava indisponível. No dia seguinte, ao conferir os resultados oficiais, seu nome não constava mais na lista de selecionados. Situações como essa geraram grande impacto emocional e tristeza para muitos estudantes.
Além disso, a União Nacional dos Estudantes (UNE) criou uma página para receber queixas e mapear o número de casos devido à divulgação errônea. A instituição pretende pedir esclarecimentos ao MEC e buscar possíveis providências futuras, inclusive judiciais, a partir desse mapeamento.
Todo o processo gerou grande controvérsia e revolta por parte dos estudantes afetados, trazendo à tona questionamentos sobre a confiabilidade do sistema e impactando diretamente o futuro desses jovens. A situação expôs a fragilidade do sistema de divulgação de resultados do Sisu e a necessidade de maior cuidado e responsabilidade por parte do MEC.
O Sisu é um sistema eletrônico gerido pelo MEC que realiza a seleção dos estudantes com base na média da nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) até o limite da oferta das vagas, por curso e modalidade de concorrência. Atualmente, o programa contempla mais de 2 milhões de estudantes disputando 264.360 vagas em 6.827 cursos de graduação em 127 instituições de ensino superior.
Apesar do ocorrido e dos impactos causados, a expectativa é que o MEC corrija os erros e que os estudantes tenham a oportunidade de concorrer igualmente às vagas disponíveis.
