O rito ecumênico reúne diferentes grupos religiosos, como católicos, umbandistas e candomblecistas. Ritmo e melodia são ditados pelo som dos atabaques, cânticos de candomblé, rezas, danças e pontos de roda. O concreto por onde sambam os componentes de cada agremiação são perfumados com ervas, água de cheiro e defumadores, tudo para abençoar o Carnaval e espantar o mau agouro. Um dos momentos mais importantes para fiéis e foliões é a entrada da imagem de São Sebastião, seguida de uma bênção feita por um padre católico.
A Lavagem da Passarela do Samba não é apenas um evento religioso, mas também um momento de diversidade. Participam da lavagem simbólica da avenida mestres sala, porta-bandeiras, baianas, integrantes da velha guarda e até mesmo crianças das escolas-mirins. Uma das personalidades mais respeitadas é Tia Nilda, veterana que está há décadas na Mocidade Independente de Padre Miguel e hoje coordena a ala das baianas. Ela destaca a importância da festa e enfatiza o aspecto emocionante e bonito do evento.
Após a lavagem, a passagem de som e de luz marcam o início dos ensaios finais. No sábado, a Beija-Flor e a Vila Isabel desfilam pela avenida, seguidas pela Viradouro e pela atual campeã, Imperatriz Leopoldinense, no domingo. Tia Nilda expressa sua expectativa positiva para a Mocidade e deseja forças para que todas as escolas desfilem com determinação e alegria.
A Lavagem da Passarela do Samba é mais do que um evento espiritual; é um marco de tradição e diversidade que une diferentes grupos religiosos em prol do sucesso do Carnaval carioca. E para os foliões e integrantes das escolas de samba, é uma oportunidade de renovar as energias e aproveitar cada minuto do espetáculo que está por vir.