Brasil exporta recorde histórico de energia elétrica para Argentina e Uruguai, beneficiando consumidores brasileiros.

Brasil exporta recorde de energia elétrica para Argentina e Uruguai em 2023

Em 2023, o Brasil exportou o maior volume de energia elétrica para a Argentina e Uruguai de toda a história do país. Segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o total foi de 844 megawatts médios, gerando um benefício de R$888 milhões para o Brasil.

O presidente do Conselho de Administração da CCEE, Alexandre Ramos, afirmou à Agência Brasil que esse volume foi exportado em duas fases durante o ano, sendo 354 megawatts médios provenientes de centrais termelétricas e 490 megawatts médios de energia hidráulica. Ramos ressaltou que a exportação para os países vizinhos não é uma questão de preferência, mas de viabilidade na operação.

Esse recorde é resultado da recuperação dos reservatórios brasileiros no período úmido, que permitiu o aproveitamento do excesso de água para geração de energia. Além disso, as energias renováveis produzidas pelas usinas eólicas e solares contribuíram para esse cenário favorável.

A CCEE destacou que a operação de exportação foi facilitada pela implantação do procedimento competitivo para a Exportação de Vertimento Turbinável (EVT), que comercializa energia elétrica produzida a partir da água que seria liberada pelas comportas dos geradores hídricos.

Segundo a CCEE, desde 1999, a associação civil sem fins lucrativos reúne geradores, distribuidores, comercializadores e consumidores em um único propósito: desenvolver mercados eficientes, inovadores e sustentáveis em benefício da sociedade.

Apesar do recorde alcançado, Ramos adiantou que a CCEE já está trabalhando junto ao Ministério de Minas e Energia no aprimoramento das regras de importação e exportação. Nos últimos dois, três meses foi grande o volume de empresas comercializadoras que requereram a outorga de importar e exportar energia em função justamente da organização dos critérios da portaria 49. A prioridade, no entanto, é atender o sistema brasileiro. Conforme o presidente, não há previsão de exportação neste início de ano por causa do calor que deve aumentar a demanda do consumidor brasileiro por energia.

A exportação do excedente energético beneficia o Brasil ao possibilitar a redução do custo de produção nas hidrelétricas e, consequentemente, diminuir os impactos na tarifa dos consumidores brasileiros.

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