Governo amplia investimentos em infraestrutura para exportação do agronegócio em 30% e anuncia obras estruturantes nos corredores do agro.

O governo federal anunciou, nesta terça-feira (6), que irá ampliar em 30% o total de recursos públicos investidos na infraestrutura dos corredores do agro, que incluem as rodovias e ferrovias utilizadas para a exportação dos principais produtos do agronegócio brasileiro.

Com um total de investimentos de R$ 3,6 bilhões em 2023, o governo prevê um montante de R$ 4,7 bilhões para este ano. No ano anterior, o Ministério dos Transportes realizou investimentos no valor de R$ 1,9 bilhão nos corredores do agro.

O ministro dos Transportes, Renan Filho, destacou que o teto de gastos imposto pelo governo anterior transformou o Brasil no país que menos investiu entre todas as economias relevantes. Segundo o ministro, o baixo investimento resultou em uma piora na infraestrutura do país, e a atual gestão busca recuperar o passivo deixado pelos últimos anos.

O pacote de investimentos prevê a realização de 60 obras estruturantes, com foco em obras nas regiões do Arco Norte e do Arco Sul/Sudeste. A ideia é criar um corredor que ligue Ilhéus (BA) até Agua Boa (MT) e, posteriormente, conectar a ferrovia transnordestina à ferrovia Norte-Sul.

No Arco Norte, os investimentos incluem a duplicação da BR 135 no Maranhão, a restauração da BR 158 no Pará e a recuperação da BR 242 na Bahia, bem como a construção de travessias em diversas localidades. Já no Arco Sul/Sudeste, está prevista a conclusão da Ferrovia Norte Sul, intensificação das obras da ferrovia FICO, e a duplicação de diversas rodovias em Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul.

Além dos investimentos públicos diretos, o governo planeja realizar 13 leilões para concessões de estradas e pontes, com a expectativa de atrair investimentos de R$ 122 bilhões. O objetivo é atrair o capital privado para contribuir com a melhoria das condições das estradas.

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, ressaltou a importância da infraestrutura para a formação dos preços dos produtos do agronegócio. Ele afirmou que a formação de preços está diretamente ligada ao custo de frete e que a melhoria das condições das estradas é essencial para garantir a competitividade do setor.

Além dos investimentos em rodovias e ferrovias, o governo também detalhou os investimentos em portos e aeroportos para os próximos anos. O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, prevê investir R$ 639 milhões em portos e hidrovias em 2024, com a meta de realizar 35 leilões de infraestrutura até 2026, com previsão de arrecadar R$ 14,5 bilhões em investimentos no setor.

Os investimentos em infraestrutura proporcionarão uma grande potencialização da economia brasileira, contribuindo significativamente para o escoamento da produção nacional e para a competitividade do agronegócio no mercado internacional.

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