Operação Escudo em São Paulo: Ouvidor alerta para respostas acaloradas após sete mortes na Baixada Santista.

O ouvidor da Polícia de São Paulo, Cláudio Silva, divulgou uma nota nesta terça-feira (6) alertando que “respostas acaloradas com tons de vingança” não contribuem “para a sensação de aumento de segurança”. Essas declarações foram feitas em resposta às sete mortes ocorridas na Baixada Santista como parte da nova fase da Operação Escudo.

De acordo com a Secretaria de Estado da Segurança Pública de São Paulo (SSP), as ações da Polícia Militar na Baixada Santista, no litoral paulista, resultaram em sete mortes durante o fim de semana. Foram registradas sete ocorrências com confronto ao longo de três dias. Em uma delas, na Vila dos Criadores, em Santos, três pessoas foram mortas. As outras mortes aconteceram em quatro situações em que os policiais relataram trocas de tiros.

O ouvidor informou que está acompanhando a situação e que todas as mortes decorrentes de intervenção policial serão alvos de procedimentos de ouvidoria. Ele ressaltou a importância de que as ações aconteçam dentro da “legalidade” e com “profissionalismo”.

A Operação Escudo foi lançada como resposta à morte do policial militar Samuel Wesley Cosmo, em Santos, na sexta-feira (2). Na noite do mesmo dia, três suspeitos de participação na morte do policial foram presos na Rodovia Anchieta-Imigrantes, próximo a Cubatão, com uma pistola e diversos cartões bancários apreendidos.

Outros ataques a policiais já haviam motivado o estabelecimento de fases da Operação Escudo em diferentes partes do estado, visando “restabelecer a ordem e a sensação de segurança da população”. A primeira Operação Escudo foi lançada no ano passado, após a morte de um soldado das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota), em Guarujá, resultando na morte de 28 pessoas em 40 dias.

Segundo os dados divulgados pela SSP, em 2023, as mortes causadas por ação da Polícia Militar mais do que dobraram na região da Baixada Santista, com 72 mortes, enquanto em 2022, as ações da corporação resultaram em 34 mortes na região.

A ouvidoria lamentou a morte do policial e prestou condolências aos familiares e amigos do Soldado PM Samuel Wesley Cosmo, morto no confronto na comunidade do Mangue Seco. Em meio a essa situação, o ouvidor reforçou a importância de ações policiais dentro da legalidade e com profissionalismo para garantir a sensação de segurança da população.

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