Apesar do cenário positivo ao longo do ano, dezembro apresentou uma queda de 1,3% nas vendas. Segundo o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, esse foi o “segundo resultado efetivamente negativo para 2023”. Ele ressaltou que isso representa uma variação fora da faixa esperada e a maior amplitude desde maio. No entanto, Santos afirmou que o resultado anual manteve a tendência de seis anos consecutivos de crescimento, com sete das 11 categorias do varejo ampliado fechando o ano em alta.
Dentre as atividades pesquisadas, a venda de veículos, motos, partes e peças teve um aumento de 8,1%, indicando uma retomada do setor que passou por um período de baixas receitas, especialmente durante a pandemia. Por outro lado, a venda de outros artigos de uso pessoal e doméstico, tecidos, vestuário, calçados, livros, jornais, revistas, papelaria e materiais de construção apresentaram queda, com justificativas específicas para cada categoria.
Na segmentação das unidades federativas, o Estado do Espírito Santo teve um índice de 14,3% de aumento nas vendas, enquanto o Rio Grande do Sul e o Paraná tiveram acréscimos de 2,9% e 1,8%, respectivamente. Em contrapartida, 20 das 27 unidades da federação apresentaram resultados negativos. A pesquisa também apontou uma migração dos produtos físicos para os meios digitais, seguindo uma tendência histórica observada nos últimos anos.
A PMC é realizada mensalmente desde 1995 e fornece indicadores sobre o comportamento do comércio varejista no país e nas unidades federativas. A próxima divulgação da pesquisa, com os resultados para janeiro de 2024, está prevista para o dia 14 de março. Esses resultados demonstram não apenas a complexidade, mas também a importância de se analisar as tendências do comércio varejista, possibilitando compreender melhor o cenário econômico do país.
