Operação Tempus Veritatis: STF realiza audiências de custódia de presos por tentativa de golpe de Estado.

O Supremo Tribunal Federal (STF) agendou para a tarde desta sexta-feira (9) as audiências de custódia de quatro presos pela Polícia Federal (PF) no âmbito da Operação Tempus Veritatis, que foi desencadeada ontem (8). A operação investiga uma tentativa de golpe de Estado.

As audiências serão realizadas por videoconferência, entre as 14h e as 15h, e serão conduzidas por um juiz auxiliar do Supremo Tribunal Federal. Entre os presos que serão ouvidos estão o ex-assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Filipe Martins, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, o coronel da reserva do Exército Marcelo Câmara e o major da ativa do Exército Rafael Martins.

Os quatro indivíduos foram presos durante diligências autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, que integram as investigações sobre uma suposta organização criminosa envolvida na preparação de um golpe de Estado em 2022. No total, 48 medidas cautelares foram cumpridas contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, seus auxiliares diretos e militares da ativa e da reserva, incluindo quatro prisões.

Além dos quatro mencionados anteriormente, também foi determinada a prisão do coronel Bernardo Romão Correa Neto, nos Estados Unidos, que deverá ser transferido para o Brasil. O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, não era alvo de mandado de prisão, mas acabou sendo detido em flagrante após ser encontrada em sua casa uma arma com registro irregular e uma pepita de ouro de suposta origem em um garimpo ilegal.

As audiências de custódia são procedimentos padrão, nos quais toda pessoa presa deve ser apresentada à Justiça no prazo de 24 horas, a fim de verificar a legalidade e necessidade de manutenção da prisão. Segundo a Polícia Federal, Filipe Martins participou da elaboração de um decreto que visava executar um golpe de Estado. Quanto aos militares presos, são suspeitos de organizar e participar de atos preparatórios para o movimento golpista.

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