A Ouvidoria da Polícia de São Paulo se pronunciou a respeito do recrudescimento da violência, baseado em denúncias recebidas através de moradores e grupos em redes sociais, que evidenciam um aumento assimétrico da violência nos últimos quatro dias. Em nota, a Ouvidoria afirmou que estas percepções não são exclusivas, sendo compartilhadas por diversas instituições e entidades de direitos humanos que têm atuado no episódio.
A Ouvidoria reforçou que permanece aberta para receber denúncias da população e dos agentes de segurança que se sentirem pressionados ou violados em seus direitos. As denúncias podem ser feitas por WhatsApp, telefone ou e-mail, além da possibilidade de comparecimento presencial à Ouvidoria.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que todos os casos estão sendo apurados e que, desde o início do ano, foram registradas seis mortes de policiais vinculados à operação, além de 18 suspeitos que iniciaram confrontos contra as forças de segurança. Todos os casos estão sendo investigados pela 3ª Delegacia de Homicídios da Deic de Santos, com o acompanhamento do Ministério Público e do Poder Judiciário.
A Operação Escudo foi lançada como reação à morte do policial militar da Rota Samuel Wesley Cosmo, ocorrida no dia 2 em Santos. No entanto, na última sexta-feira, um policial militar atirou duas vezes à queima-roupa em um homem desarmado na cidade de São Vicente, gravando a ação de acordo com moradores locais. A Secretaria de Segurança Pública informou que abriu uma investigação para apurar o caso e ressaltou que a ação não tem relação com a Operação Escudo.
O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, manifestou preocupação em relação à atuação da polícia na Baixada Santista, publicando uma nota nas redes sociais. O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) externou a preocupação do governo federal diante dos relatos recebidos pela Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos de que graves violações de direitos humanos têm ocorrido durante a chamada Operação Escudo.