Moradores da periferia da Baixada Santista denunciam torturas e execuções pela polícia em nova fase da Operação Escudo.

Moradores de bairros da periferia da Baixada Santista denunciaram neste domingo (11) a prática de execuções, tortura e abordagens violentas por policiais militares da Operação Escudo contra a população local e egressos do sistema prisional. Os relatos chocantes foram coletados por uma comitiva formada pela Ouvidoria da Polícia de São Paulo, Defensoria Pública e parlamentares, incluindo os deputados estaduais de São Paulo Eduardo Suplicy (PT) e Mônica Seixas (PSOL).

Segundo a deputada Mônica Seixas, “a sociedade e os territórios periféricos estão muito assustados, relatando abordagens truculentas, violentas e aleatórias, busca de egressos do sistema prisional, torturas e execuções. O que a gente está vendo aqui é um Estado de exceção. O Estado autorizando a sua força policial a executar pessoas sem o devido processo legal, sem mandado judicial, sem chance à ampla defesa”. A polêmica envolvendo a Operação Escudo é ainda mais grave devido ao alto número de mortes de civis em supostos confrontos com a polícia. De acordo com Mônica Seixas, as comunidades locais estão relatando ameaças feitas pelos policiais aos jovens usuários de drogas, sugerindo vingança pela morte do policial militar ocorrida no início do mês.

Para complicar ainda mais a situação, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) ainda não se manifestou sobre as denúncias apresentadas pelos moradores da Baixada Santista. A pasta limitou-se a dizer que todos os casos estão sendo apurados e que foram registradas seis mortes de policiais desde o início do ano. Além disso, a polêmica gerou preocupação até mesmo a nível federal, com o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, expressando sua inquietação em relação à atuação da polícia na região.

A gravidade da situação é tão preocupante que a prefeitura de São Vicente, na Baixada Santista, decidiu cancelar o carnaval de rua na cidade devido à falta de segurança, o que reflete o impacto negativo da operação policial na comunidade local. Com tantas controvérsias e denúncias graves, é essencial que as autoridades competentes investiguem minuciosamente as alegações e tomem medidas concretas para garantir a segurança e a integridade dos habitantes da Baixada Santista. A atenção internacional se voltou para a operação e as violações dos direitos humanos na região, exigindo que as autoridades ajam com urgência para restaurar a tranquilidade e a segurança. O Brasil tem lutado para superar desafios sociais e estruturais, e o respeito aos direitos humanos é fundamental para a construção de uma sociedade justa e pacífica.

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