A operação, de caráter provisório durante a quadra chuvosa, acontece entre fevereiro e junho. Após esse período, ocorrerá a Reunião de Alocação Negociada de água dos reservatórios monitorados pela Companhia. Participaram os representantes dos Comitês do Baixo, Médio e Alto Jaguaribe, Banabuiú, Salgado e Região Metropolitana.
Tércio Tavares, diretor de Operações da Cogerh, destacou que a reunião representa uma continuidade do trabalho de gestão participativa da companhia. Ele ressaltou que o processo ocorre da mesma forma nos demais reservatórios monitorados, sempre com a anuência de representantes dos Comitês de Bacias Hidrográficas do Estado.
Para o primeiro semestre de 2024, são aprovadas vazões máximas para a operação emergencial dos reservatórios. Este processo é diferente da alocação negociada, que ocorre tradicionalmente no segundo semestre. Segundo Tércio, enquanto há expectativa de algumas chuvas, a água é economizada. A liberação funciona como um complemento e salvação para que não haja escassez.
Além disso, o presidente do Comitê do Salgado, Wyldevânio Vieira, reforçou o papel dos Comitês de Bacias no processo de gestão das águas do Ceará. Ele ressaltou a importância da participação dos comitês para que o processo de gestão das águas continue sendo compartilhado e democrático.
Também foram divulgadas as vazões aprovadas para cada um dos açudes, assim como a situação atual dos reservatórios em todo o estado. Orós está com 50,21% de seu volume acumulado, Castanhão com 22,8% e Banabuiú com 36,4%. O volume total acumulado dos 157 reservatórios monitorados registra, nesta quarta-feira, 37,1% da capacidade total do estado.
A reunião também contou com a apresentação do Prognóstico Climático Quadra Chuvosa de 2023 e as tendências para o próximo trimestre. Segundo os modelos apresentados, há um cenário de pluviometria abaixo da média histórica, o que pode refletir na recarga dos reservatórios. Esse prognóstico é importante para embasar as decisões relacionadas à gestão dos recursos hídricos no estado.
Os participantes da reunião discutiram também a situação de cada reservatório, as ações realizadas para garantir a segurança hídrica, as vazões aprovadas e as expectativas para o próximo trimestre. A expectativa é de que a gestão participativa, aliada a ações emergenciais e estratégicas, contribua para uma melhor gestão dos recursos hídricos e para a segurança hídrica do Ceará.
