Petrobras e BNDES estudam fundo de investimento para empresas de tecnologia e inovação na transição energética

A Petrobras e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciaram essa semana o início de estudos para estruturar um fundo de investimento voltado para empresas de tecnologia e inovação na área de transição energética. A iniciativa visa apoiar micro, pequenas e médias empresas que atuam no desenvolvimento de energias renováveis e de baixo carbono.

Segundo a estatal, o fundo será na modalidade Corporate Venture Capital (CVC), onde grandes companhias investem em startups com potencial de crescimento, principalmente as que atuam na área tecnológica. Este modelo permite que as corporações incorporem esforços de inovação desenvolvidos por terceiros, tornando-os parceiros estratégicos.

Na fase inicial do estudo, a Petrobras e o BNDES irão identificar os setores mais promissores para este tipo de investimento, considerando temas ligados à transição energética, como a substituição de fontes de energia poluentes por fontes limpas, como a energia eólica, solar e biocombustíveis. Além disso, as empresas buscarão alinhar esses investimentos com suas estratégias de longo prazo.

O fundo será gerido de forma independente e seguirá normas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) do Brasil. O gestor do fundo será selecionado por meio de edital público e terá independência para tomar decisões e realizar os investimentos. Segundo a Petrobras, a tese de investimento abrangerá negócios inovadores relacionados a energias renováveis e de baixo carbono, visando acelerar a posição da empresa na transição energética.

O plano estratégico da companhia prevê um montante de US$ 100 milhões, cerca de R$ 500 milhões, para a estratégia de investimentos em capital de risco corporativo até 2028. Os valores a serem aportados ainda serão submetidos às instâncias internas de aprovação da Petrobras e do BNDES. Os objetivos dos parceiros incluem a originação de negócios, o desenvolvimento de fornecedores e mercados, a geração de inteligência tecnológica e a remuneração do capital investido.

Com essa parceria, a Petrobras busca alavancar o crescimento e capturar o valor da inovação em energias de baixo carbono, de acordo com o presidente da estatal, Jean Paul Prates. Já o diretor de Transição Energética e Sustentabilidade, Maurício Tolmasquim, enxerga complementaridade entre o investimento em CVC e as pesquisas internas da empresa, acreditando que essa estratégia permitirá fomentar ideias e modelos de negócios inovadores.

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou a importância do investimento em transição energética e inovação para o desenvolvimento sustentável da economia brasileira. Ele ressaltou que o capital de risco é uma ferramenta importante para financiar micro, pequenas e médias empresas inovadoras, e que o envolvimento de grandes empresas públicas, como BNDES e Petrobras, é fundamental para impulsionar o avanço tecnológico no país.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo