Ao todo, 52 estados se inscreveram para comentar o tema. O Brasil se manifestou na terça-feira, quando pediu que a Corte considere a ocupação ilegal, dizendo que ela equivale a uma anexação dos territórios dos palestinos. Já os Estados Unidos defenderam nessa quarta-feira que o fim da ocupação deve estar condicionado à segurança de Israel.
O embaixador chinês destacou que, durante a luta pela autodeterminação, a luta armada se distingue dos atos de terrorismo, de acordo com resoluções da Assembleia Geral da ONU e convenções internacionais. Ele enfatizou ainda que, mesmo uma luta armada legítima precisa respeitar os direitos humanos.
A China também entende que Israel violou os direitos humanos ao longo da ocupação dos territórios palestinos. O governo de Israel não vai participar das audiências públicas para discutir a ocupação dos territórios palestinos, condenando a resolução que determinou a análise do caso.
Após o fim da 2ª Guerra Mundial, a Grã-Bretanha transferiu para as Nações Unidas a responsabilidade pelo território que hoje é ocupado por Israel e pela Palestina. Desde o final da 1ª Guerra Mundial, a chamada Palestina histórica era controlada pelos ingleses. Com a Resolução 181, de 1947, a Assembleia-Geral da ONU recomendou a partilha da Palestina entre judeus e árabes, mas apenas o Estado de Israel foi criado.
Em 1967, após mais uma guerra na região, Israel ocupou militarmente a Cisjordânia, a Faixa de Gaza e a Jerusalém Oriental, que então estavam sob o controle do Egito e da Jordânia. A Assembleia da ONU aprovou a Resolução 242, de 1967, que determinou “a retirada das forças armadas israelitas dos territórios que ocuparam”.
Apesar dessa resolução, a construção de assentamentos israelenses na Cisjordânia continuou, e hoje são 300 colônias consideradas ilegais, segundo a ONU, dentro da Cisjordânia, onde vivem cerca de 700 mil colonos israelenses. Em 2005, Israel deixou a Faixa Gaza, apesar de manter um cerco ao enclave controlando a saída e a entrada de pessoas e mercadorias.