Comissão de Educação e Cultura debate data comemorativa do Rotaractiano

A Comissão de Educação e Cultura (CE) do Senado Federal realizou uma audiência pública nesta quinta-feira (22) para debater a possível instituição do dia 13 de março como o marco nacional comemorativo do rotaractiano. A proposta foi apresentada pelo senador Nelsinho Trad (PSD-MS) por meio do Projeto de Lei (PL) 207/2024, que tramita na CE.

Segundo os debatedores, o reconhecimento oficial do dia do rotaractiano visa promover uma maior conscientização da sociedade sobre a importância do trabalho filantrópico realizado pelo Rotary Club, bem como realçar o papel do Rotaract como uma escola de liderança que contribui para a formação de jovens adultos engajados em ações sociais e comunitárias.

O Rotaract é um programa desenvolvido e patrocinado pelo Rotary Club International, voltado para jovens entre 18 e 30 anos, com o objetivo de envolvê-los em projetos sociais e atividades de liderança prática. O reconhecimento dessa atuação, de acordo com os participantes da audiência, não apenas enaltece as contribuições dos rotaractianos, mas também estimula outros jovens a se engajarem em causas semelhantes, inspirando uma nova geração de agentes de mudança e promotores do bem-estar social.

Leandro Affonso Tomazi, advogado, sociólogo e ex-presidente da Rotaract Brasil, destacou a importância do reconhecimento em incentivar a adesão de jovens aos projetos, ampliando a conscientização social e a propagação de valores éticos, ambientais e de responsabilidade social. Segundo ele, os rotaractianos demonstram grande comprometimento em melhorar suas comunidades, dedicando tempo e habilidades para solucionar problemas diversos.

De acordo com os dados apresentados durante a audiência, existem mais de 10 mil Rotaract Clubs distribuídos em 184 países, contando com mais de 250 mil membros. O Brasil é o terceiro país no mundo com o maior número de rotaractianos, totalizando cerca de 10 mil membros em 639 clubes.

Fernando Alves Almeida Manes, historiador, e Mateus Rosa Tognella, vice-presidente da Associação Nacional dos Sociólogos e Sociólogas do Brasil (Anasobr), que também foram rotaractianos, ressaltaram a experiência como uma verdadeira “escola de cidadania”, capaz de proporcionar conhecimentos e valores de forma única, que vão além da formação acadêmica convencional.

Histórico

O programa Rotaract teve origem nos anos 60, com clubes Rotary incentivando grupos de universitários a se envolverem em atividades filantrópicas. O programa oficial foi criado por Luther Hodges, presidente do Rotary Club International para o biênio 1967–1968, como uma extensão das atividades de serviço à comunidade. A prática se espalhou rapidamente por outros países, tendo o primeiro clube admitido na Carolina do Norte, EUA.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)