Justiça determina transferência de líder de milícia para presídio federal de segurança máxima por alta periculosidade e risco à sociedade.

A 2ª Vara Criminal do Rio de Janeiro determinou, nesta sexta-feira (23), a transferência de Luiz Antônio da Silva Braga, conhecido como Zinho, e de Marcelo de Luna Silva, apelidado de Boquinha, para um presídio federal de segurança máxima. Ambos são acusados de integrar a principal milícia que atua na zona oeste do Rio, sendo Zinho apontado como chefe da organização criminosa.

A decisão da Vara Criminal foi baseada em um pedido do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), que destacou a alta periculosidade dos acusados e o risco que suas presenças representam para a sociedade. O MPRJ ressaltou que Zinho, mesmo estando sob custódia, continuava articulando atividades criminosas e mantendo sua posição de liderança na milícia, o que coloca em perigo a segurança pública.

A justiça ressaltou ainda a importância de interromper as atividades criminosas dos acusados e cortar seus contatos dentro do sistema prisional e com outros integrantes do crime organizado. A inclusão dos réus em regime disciplinar diferenciado foi ordenada, com Zinho atualmente detido no presídio Laércio da Costa Pellegrino, em Bangu 1, no Complexo de Gericinó.

A decisão da 2ª Vara Criminal enfatizou que as milícias no estado do Rio têm causado terror e instabilidade, especialmente nas comunidades mais vulneráveis, prejudicando as políticas de segurança pública em curso. A Subsecretaria de Inteligência do Sistema Penitenciário do estado alertou para a capacidade de Zinho em arregimentar homens e armas mesmo estando preso, indicando a necessidade de isolá-lo do restante do sistema carcerário.

A transferência dos acusados para um presídio federal visa dificultar possíveis articulações dentro e fora das unidades prisionais, contribuindo para a manutenção da ordem e segurança pública. O caso segue em andamento sob o número 0104356-38.2023.8.19.0001.

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