A primeira mostra, intitulada Gran Fury: arte não é o bastante, apresenta trabalhos do coletivo norte-americano pela primeira vez na América Latina. Com curadoria de André Mesquita e assistência de David Ribeiro, a exposição reúne 77 obras do Gran Fury que abordam a crise da Aids nos Estados Unidos nas décadas de 80 e 90. O coletivo surgiu em Nova York em 1988 como parte da organização ativista Act Up – Aids Coalition to Unleash Power, e se destacou por suas ações e campanhas gráficas que buscavam conscientizar sobre o HIV e combater o preconceito.
A segunda mostra, na sala de vídeo do Masp, traz três produções da artista argentina Masi Mamani/Bartolina Xixa. As obras, em cartaz até o dia 14 de abril, abordam questões relacionadas à identidade LGBTQIA+ e à resistência cultural indígena. Masi Mamani incorpora elementos tradicionais da cultura indígena andina em suas performances, explorando temas como a colonização e a exploração das populações indígenas.
O Museu de Arte de São Paulo tem programação especial durante todo o ano, com exposições que abordam diferentes aspectos das Histórias da Diversidade LGBTQIA+. Além das mostras de Gran Fury e Masi Mamani, estão previstas no calendário do Masp exposições de Francis Bacon, Mário de Andrade, Tourmaline, Leonilson, e uma grande exposição coletiva no final do ano. O museu também promoverá atividades como cursos, palestras, oficinas e seminários para debater questões relacionadas ao ativismo e à representatividade LGBTQIA+.
Desde 2016, o Masp tem se dedicado a explorar narrativas abertas e não convencionais em suas exposições anuais. A iniciativa visa ampliar o debate sobre temas relevantes e estimular reflexões sobre diferentes perspectivas. A entrada no Masp é gratuita às terças-feiras e nas primeiras quintas-feiras de cada mês. Mais informações sobre a programação podem ser acessadas no site do museu.