Presidente Lula classifica ação de Israel em Gaza como genocídio e critica postura hipócrita da classe política internacional.

Em um evento no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a se pronunciar sobre a guerra de Israel na Faixa de Gaza, gerando polêmica após suas declarações comparando as ações israelenses ao Holocausto. Lula classificou o conflito como genocídio e culpou o governo de Israel pelas mortes de aproximadamente 30 mil civis, principalmente mulheres e crianças palestinas.

Durante seu discurso, o presidente afirmou ser favorável à criação de um Estado Palestino independente e soberano, convivendo harmoniosamente com Israel. Ele enfatizou que a ação de Israel em Gaza não se trata de guerra, mas de genocídio, destacando o grande número de vítimas civis, em sua maioria mulheres e crianças.

Lula fez referência a uma entrevista concedida na Etiópia, pedindo para que as pessoas leiam a entrevista para evitar interpretações equivocadas. Suas declarações anteriores já tinham causado atrito com o governo israelense, que o declarou “persona non grata” no país. Em resposta, o Brasil convocou seu embaixador em Israel para consultas e o ministro das Relações Exteriores criticou as declarações de um chanceler israelense sobre o presidente brasileiro.

Além disso, Lula criticou a hipocrisia da classe política em relação aos conflitos internacionais, defendendo uma reforma no Conselho de Segurança da ONU para incluir mais representações de países de diferentes regiões. Ele também condenou os vetos dos Estados Unidos às resoluções da ONU por um cessar-fogo em Gaza e apelou por mais ação política na resolução de conflitos.

O presidente ressaltou a importância de conscientizar a população sobre os problemas globais e a necessidade de mais comprometimento político para evitar guerras. Ele enfatizou a hipocrisia presente nos debates internacionais e expressou seu descontentamento com a inatividade da classe política diante de situações de conflito, como as que ocorrem na Ucrânia e em Gaza. Lula defendeu uma postura mais ativa e consciente para promover a paz no cenário internacional.

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