Um dado relevante é que em março de 2022, o Tesouro Direto alcançou seu recorde mensal histórico, com vendas que totalizaram R$ 6,842 bilhões. No entanto, em janeiro deste ano, algumas instabilidades no mercado financeiro global acabaram por reduzir o interesse de determinados investidores.
Os investidores demonstraram preferência pelos títulos corrigidos pela Taxa Selic, que representaram 66,3% das vendas em janeiro. Os títulos vinculados à inflação (IPCA) correspondem a 20,3% do total, enquanto os títulos prefixados foram responsáveis por 9,9% das vendas.
Dentre os novos títulos disponíveis, o Tesouro Renda+ e o Tesouro Educa+ registraram participações modestas, com 2,5% e 0,9%, respectivamente. Quando questionados, os investidores justificaram a preferência por títulos relacionados aos juros básicos devido ao patamar atrativo da Taxa Selic.
No final de janeiro, o estoque total do Tesouro Direto atingiu a marca de R$ 130,09 bilhões, representando um aumento de 1,61% em relação ao mês anterior e de 22% em relação ao mesmo período do ano passado. Esse incremento se deu em função do superávit das vendas sobre os resgates, o que totalizou um saldo positivo de R$ 707,1 milhões no último mês.
O programa também registrou um aumento no número de investidores, chegando a 26.918.583 participantes. No último mês, 468,1 mil novos investidores se cadastraram no programa. Além disso, a preferência por títulos de médio prazo foi observada, com vendas distribuídas entre prazos de um a dez anos.
O Tesouro Direto, criado em 2002, tem como objetivo popularizar o investimento em títulos públicos, permitindo que pessoas físicas possam adquirir esses ativos de forma direta, pela internet. Esse mecanismo de captação de recursos é crucial para que o governo possa honrar seus compromissos e pagar dívidas.