BID e Banco Central firmam parceria para garantias cambiais em investimentos ecológicos de US$ 3,4 bilhões no Brasil.

O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Banco Central (BC) firmaram uma parceria inovadora nesta segunda-feira (26), com a assinatura de um termo que visa dar garantias cambiais em investimentos relacionados à transição ecológica. O presidente do BID, Ilan Goldfajn, anunciou que serão disponibilizados US$ 3,4 bilhões em contratos de derivativos que serão repassados para instituições financeiras brasileiras através do BC.

Os derivativos são contratos financeiros que têm como objetivo reduzir riscos em operações financeiras, estando vinculados a ativos como commodities, moeda estrangeira ou taxas de juros. Segundo Goldfajn, a objetivo dessa iniciativa é apoiar o desenvolvimento e a eficiência do mercado de proteção em moeda estrangeira no país, proporcionando maior liquidez e segurança.

Esse mecanismo será direcionado para setores de “investimentos verdes” como reflorestamento, agricultura de baixo carbono e resiliência climática. O BID também disponibilizará US$ 2 bilhões em linhas de crédito para empresas que atuam nessas áreas, visando impulsionar a sustentabilidade e a inovação ambiental.

O presidente do BC, Roberto Campos Neto, ressaltou a importância desse apoio para facilitar a transferência de tecnologias que estão tornando a economia brasileira mais sustentável. Campos Neto destacou que o Banco Central atuará como intermediador nesse processo, não assumindo nenhum risco nas operações.

Durante o anúncio feito em meio à reunião do G20, grupo das 20 maiores economias do mundo, a Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, ressaltou a importância do envolvimento do setor privado no combate às mudanças climáticas e no desenvolvimento de projetos ambientalmente sustentáveis. Marina Silva enfatizou a necessidade de um trabalho conjunto entre investimentos públicos e privados para alcançar a transformação ecológica necessária.

O evento do G20 em São Paulo conta com a participação de delegações de 27 países e representantes de 16 organizações e bancos internacionais. A importância da atuação das maiores economias do mundo na redução das emissões de gases de efeito estufa e no combate às mudanças climáticas foi destacada por Marina Silva, ressaltando a responsabilidade central desses países nesse processo.

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