Debate sobre recomendação de vacina em crianças gera controvérsia e críticas no Senado em sessão temática polêmica.




Reunião da Comissão de Assuntos Sociais do Senado

Críticas à Sessão de Debates Temáticos sobre Vacinação Infantil

Na manhã de quarta-feira (26), o senador Humberto Costa (PT-PE), presidente da Comissão de Assuntos Sociais (CAS), abriu a reunião deliberativa do colegiado com duras críticas à sessão de debates temáticos ocorrida no Plenário do Senado na segunda-feira (24). Costa classificou o evento como “um verdadeiro desserviço para a população do nosso país”, destacando que os discursos disseminaram informações falsas sobre a recomendação da vacina contra a covid-19 em crianças de até quatro anos, inserida no Programa Nacional de Imunização (PNI).

O senador relembrou que, em novembro de 2023, o Ministério da Saúde recomendou a vacinação de crianças e adolescentes para protegê-los das formas mais graves da covid-19. Segundo estudo do International Journal of Infectious Diseases, as crianças não vacinadas representam 90% dos casos moderados a graves da doença.

Costa enfatizou que as vacinas para crianças estão devidamente licenciadas pela Anvisa e foram incorporadas ao SUS após aprovação na Conitec e pela OMS, respaldadas por dados epidemiológicos e estudos que comprovam sua eficácia e segurança.

O senador, que é médico e ex-ministro da Saúde, destacou que a vacinação infantil é uma prática comum em diversos países, como os Estados Unidos e a Alemanha, ressaltando a importância da medida para impedir casos graves e fatais de covid-19 em crianças.

Debate Aceso

Ao término da reunião, o senador Eduardo Girão (Novo-CE), autor do pedido para a sessão temática, afirmou que o debate contou com a participação de cientistas, médicos e especialistas de várias partes do mundo. Girão lamentou a ausência da Ministra da Saúde e reafirmou sua posição contrária à obrigatoriedade da vacinação em crianças contra a covid-19, ressaltando que o Brasil é o único país a adotar essa medida.

A senadora Zenaide Maia, médica infectologista e ex-secretária de Saúde, criticou a realização da sessão plenária de debates, argumentando que questionar a segurança das vacinas em um momento crucial é um “desserviço”. Ela alertou que os pais são responsáveis por garantir a saúde de seus filhos e estão negligenciando esse dever ao recusar a vacinação.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)


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