No dia 15 de janeiro, as emissões e agendamentos de DOC foram encerrados, porém as transferências que estavam agendadas até o dia 29 de fevereiro continuaram sendo executadas. Além do DOC, a Transferência Especial de Crédito (TEC) também está sendo descontinuada, uma modalidade utilizada por empresas para realizar pagamentos de benefícios aos funcionários.
Ao longo dos anos, o DOC e a TEC perderam espaço para o Pix, o sistema de transferência instantânea do Banco Central que não cobra tarifas de pessoas físicas. Criado em 1985, o DOC permitia transferências de recursos até às 22h, com o pagamento sendo efetuado no próximo dia útil após a ordem. Caso o horário fosse ultrapassado, a transferência só seria finalizada dois dias úteis depois.
De acordo com informações da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), baseada em dados do Banco Central, as transações via DOC atingiram 18,3 milhões de operações no primeiro semestre de 2023, representando apenas 0,05% do total de 37 bilhões de operações realizadas no período.
Em comparação com outras formas de transações, o DOC ficou atrás de modalidades como cheques, TED, boletos, cartão de débito, cartão de crédito e, principalmente, o Pix, que se tornou a preferência dos brasileiros com 17,6 bilhões de operações.
A Transferência Eletrônica Disponível (TED), utilizada principalmente para transferências de grandes valores, continuará em vigor. Criada em 2002, a TED permite o envio de recursos entre instituições diferentes até às 17h dos dias úteis, com a transação sendo efetivada em até meia hora.
Com a evolução tecnológica e a busca por maior agilidade e facilidade nas transações financeiras, o fim do DOC representa mais um marco na transformação do sistema bancário brasileiro.
