Senador defende projeto de mapeamento de pontos de acumulação de água para irrigação e critica polêmica sobre abate de gado na Europa.




Artigo Jornalístico

Em seu discurso no plenário nesta quarta-feira (28), o senador Carlos Heinze (PP-RS) reforçou o apoio a um projeto inovador que está sendo desenvolvido em 63 municípios do Rio Grande do Sul em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS). Esse projeto tem como objetivo mapear áreas de acumulação de água durante a estação chuvosa, visando a criação de reservatórios para a irrigação durante os períodos de seca. O senador ressaltou a importância dessa iniciativa, iniciada em março do ano passado, como uma solução viável para lidar com as secas frequentes no Brasil.

— Nos últimos quatro anos, enfrentamos três secas, resultando em perdas superiores a R$ 100 bilhões para agricultores, estados e municípios. Além disso, a população também sentiu os impactos, pagando mais caro pelos alimentos devido à escassez de água e alimentos. Com esse projeto, mostramos que é possível armazenar água durante as cheias e utilizá-la nos períodos secos — explicou Heinze.

No mesmo pronunciamento, o senador manifestou preocupação com as notícias negativas relacionadas ao abate de gado na Europa, geradas a partir de um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) que aponta os animais como grandes emissores de metano, contribuindo para o aquecimento global. No entanto, Heinze discorda dessa perspectiva e argumenta que existem outros fatores mais relevantes para as emissões de gases de efeito estufa.

— 70% das emissões de gases de efeito estufa provêm da China, Estados Unidos e Europa. São os bilhões de veículos, navios, aviões, indústrias e cidades poluentes que não são mencionados. Ao invés disso, querem culpar bovinos e vacas. É inaceitável — concluiu o senador.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)


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