É importante ressaltar que o número de desempregados, ou seja, pessoas que estavam em busca de trabalho, permaneceu estável em 8,3 milhões em comparação com o trimestre anterior, mas apresentou uma redução de 7,8% em relação ao mesmo período do ano passado, o que representa uma diminuição de 703 mil pessoas desocupadas.
Em contrapartida, o número de trabalhadores ocupados aumentou para 100,6 milhões, representando um acréscimo de 0,4% em relação ao trimestre encerrado em outubro de 2023 e de 2% em comparação com 12 meses atrás. Os setores que mais contribuíram para esse aumento na ocupação foram transporte, armazenagem e correio, informação, comunicação e atividades financeiras, e outros serviços.
A coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy, destacou a surpreendente expansão da ocupação no primeiro trimestre de 2024, contrariando a expectativa de estabilidade ou queda. Além disso, o número de empregados com carteira de trabalho no setor privado demonstrou um aumento de 0,9% em relação ao trimestre anterior e de 3,1% em comparação ao mesmo período do ano passado.
A informalidade também foi um ponto abordado na pesquisa, com 39,2 milhões de trabalhadores informais representando 39% da população ocupada. Já o rendimento real do trabalhador aumentou para R$ 3.078 em janeiro de 2024, apresentando um crescimento de 1,6% no trimestre e de 3,8% em 12 meses.
Os dados apresentados pela Pnad Contínua foram coletados a partir de uma amostra de 211 mil domicílios de 26 estados e do Distrito Federal, evidenciando a tendência positiva do mercado de trabalho no início deste ano.