Aumenta para 39 o número de mortos pela polícia na Baixada Santista em supostos confrontos desde fevereiro, revela levantamento.

A Baixada Santista, no litoral do estado de São Paulo, tem sido palco de intensos confrontos entre policiais militares e suspeitos, resultando em um total de 39 mortes desde o início de fevereiro. Tudo começou com a morte do policial militar Samuel Wesley Cosmo em Santos, durante um patrulhamento, levando as polícias Civil e Militar a intensificarem suas ações para capturar os envolvidos.

No último relato, um rapaz foi baleado por policiais em São Vicente durante uma troca de tiros em uma região de mangue, vindo a falecer posteriormente no hospital, elevando o número de mortos para 39. Levantamentos do Ministério Público de São Paulo indicam um total de 52 mortes em decorrência de intervenção policial nos primeiros dois meses deste ano, um aumento significativo em relação ao mesmo período do ano passado.

Todas as mortes em confronto estão sendo rigorosamente investigadas pelas autoridades, que contam com o acompanhamento do Ministério Público e do Poder Judiciário. Em resposta a essa situação, uma comitiva composta por diversas autoridades, incluindo representantes de órgãos de direitos humanos e deputados estaduais, vai à região para colher depoimentos sobre as operações da Polícia Militar.

As operações na Baixada Santista foram intensificadas com a morte de um soldado integrante da Rota no ano passado, resultando na Operação Verão. No entanto, especialistas alertam para o risco dessas ações resultarem em violência policial e mortes desnecessárias. A socióloga Giane Silvestre ressaltou a importância de priorizar a prevenção e investigações qualificadas para lidar com a criminalidade.

Moradores da região já denunciaram execuções, torturas e abordagens violentas por parte dos policiais, alertando para os abusos cometidos durante as operações. Com um histórico de violência, a situação na Baixada Santista exige um olhar crítico e medidas efetivas para garantir a segurança da população e o respeito aos direitos humanos.

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