Lula da Silva propõe moção à ONU pelo fim do genocídio em Gaza durante cúpula da Celac em São Vicente de Granadinas

Em uma reunião de cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), realizada na sexta-feira (1º) em Kingstown, São Vicente e Granadinas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um apelo pela interrupção imediata do genocídio de palestinos na Faixa de Gaza, imposto pelo governo de Israel. Em seu discurso, Lula destacou a necessidade de solidariedade e ação por parte da comunidade internacional diante da tragédia humanitária que assola Gaza, criticando a indiferença em relação ao sofrimento do povo palestino.

Segundo autoridades de saúde de Gaza, soldados israelenses abriram fogo contra pessoas em busca de ajuda humanitária, resultando na morte de 104 palestinos. O Brasil condenou veementemente essa ação, classificando-a como intolerável. Lula, durante o encontro da Celac, sugeriu ao secretário-geral da ONU, António Guterres, que utilize o Artigo 99 da Carta da ONU para levar a questão ao Conselho de Segurança.

O ex-presidente também fez um apelo aos membros permanentes do Conselho de Segurança – Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido – para que superem suas diferenças e atuem para deter a carnificina em Gaza. Lula ressaltou a importância da união e da rápida intervenção para evitar mais mortes e sofrimento na região.

Além da crise em Gaza, Lula abordou outros temas, como o conflito na Ucrânia e a situação no Haiti. Ele destacou a necessidade de ação rápida para aliviar o sofrimento da população haitiana e defendeu a reforma das organizações internacionais para combater o subdesenvolvimento.

Ao longo da reunião, Lula enfatizou a importância da integração regional e de buscar consensos entre os países da América Latina e Caribe. Ele ressaltou o potencial econômico e as riquezas da região, destacando a Celac como um espaço para construir projetos de desenvolvimento sustentável.

Durante sua estadia em São Vicente e Granadinas, Lula também teve encontros bilaterais com líderes da região, como o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, e participou da assinatura de acordos de cooperação. A comitiva presidencial está prevista para retornar ao Brasil ainda nesta sexta-feira.

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