Presidente da Academia Friburguense de Letras é indiciada por racismo e intolerância religiosa contra judeus em postagens nas redes sociais.

A presidente da Academia Friburguense de Letras, Maria Janaína Botelho Corrêa, se viu envolvida em uma polêmica após ser indiciada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro pelos crimes de racismo e intolerância religiosa contra judeus. As acusações, baseadas em postagens feitas pela historiadora em suas redes sociais, foram encaminhadas à Justiça e o inquérito foi conduzido pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi).

As publicações que levaram ao indiciamento de Maria Janaína incluem frases como “Judeus canalhas!”, “Judeus sionistas genocidas!”, “E também sou antissemita. E daí?” e “Está na hora do olho por olho, dente por dente e fazer assassinatos seletivos de judeus sionistas”. De acordo com a legislação brasileira, crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional podem acarretar em pena de prisão de 1 a 3 anos, além de multa.

Em resposta às acusações, Maria Janaína enviou uma nota à reportagem da Agência Brasil se defendendo e alegando erros de digitação em suas postagens. Ela afirmou que sua intenção era criticar o sionismo e a extrema-direita que governa Israel, e não o povo judeu. A presidente da Academia Friburguense de Letras também pediu desculpas por uma frase em particular, na qual mencionava a possibilidade de “fazer assassinatos seletivos de judeus sionistas”, alegando que se tratava de uma provocação e que não apoia a violência, mesmo em situações de guerra.

Maria Janaína Botelho Corrêa, que está em seu segundo mandato consecutivo como presidente da academia, ressaltou sua responsabilidade e confiança dos pares, negando ter intenções racistas ou antissemitas em suas publicações. A polêmica em torno do caso envolvendo a líder da academia de letras certamente terá desdobramentos, à medida que o processo avançar na Justiça.

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