A mãe de Marielle convocou os presentes, que incluíam centenas de ativistas de diversas gerações, a se unirem em uma série de atividades ao longo do mês de março em homenagem à memória da vereadora e do motorista Anderson Gomes, pedindo, mais uma vez, por justiça. Marinete ressaltou que iniciativas como o aquilombamento são fundamentais para a resistência das comunidades quilombolas e para a luta contra o racismo.
De acordo com o Censo 2022, o Brasil possui aproximadamente 1,33 milhão de quilombolas, sendo que 87% deles vivem fora de territórios oficialmente reconhecidos. Marinete da Silva enfatizou a importância de se unir, agregar e lutar por reconhecimento e justiça, destacando a atuação do Instituto Marielle Franco e do Ministério da Igualdade Racial nesse contexto.
O Instituto Marielle está organizando diversas atividades para marcar os seis anos do crime, incluindo uma missa no dia 14 de março na Igreja Nossa Senhora do Parto e o Festival Justiça Por Marielle & Anderson na Praça Mauá, ambos no centro do Rio de Janeiro. O assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes completou quase seis anos e as investigações apontam o ex-policial militar Ronnie Lessa como autor dos disparos, com a participação de outros suspeitos ligados a milícias.
Desde 2023, a Polícia Federal está à frente do caso e as famílias e ativistas continuam clamando por justiça e pelo fim da impunidade. O aquilombamento se mostra como uma estratégia de resistência e luta contra o racismo e as desigualdades raciais, inspirando ações em prol da justiça e do reconhecimento dos territórios quilombolas em todo o Brasil.