A Fenaj destacou que a Télam, fundada há quase 80 anos em 1945, era responsável por fornecer serviços jornalísticos em texto, áudio, vídeo e fotografias para centenas de veículos locais. A entidade enfatizou que o fechamento da sede da Télam e a proibição de acesso dos funcionários ao local de trabalho demonstram a intransigência e violência do governo Milei.
Com mais de 700 funcionários, a empresa pública de comunicação argentina é um importante veículo de informação no país. A Fenaj comparou o episódio na Argentina com as tentativas de sucateamento e privatização da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) no Brasil a partir de 2016, ressaltando a resistência da categoria jornalística brasileira e a importância da luta pelo fortalecimento da comunicação pública.
O diretor do escritório da organização Repórteres Sem Fronteiras para a América Latina, Artur Romeu, criticou o fechamento da Télam como um desrespeito à sociedade argentina. Ele ressaltou a importância da comunicação pública para garantir o acesso à informação e fortalecer o pluralismo midiático.
Atualmente, o site da Télam está fora do ar e os trabalhadores foram informados de sua dispensa por 7 dias. O prédio da agência está cercado por grades, impedindo o acesso dos funcionários. A ação do governo de Milei gerou repercussão internacional e levantou debates sobre a liberdade de imprensa e o papel da comunicação pública em países latino-americanos e em todo o mundo.