Buscas aos fugitivos da Penitenciária Federal em Mossoró completam 22 dias entre as cidades de Mossoró e Baraúna, com reforço policial em zona rural

No dia 3 de fevereiro, dois detentos fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró (RN) e desde então as autoridades estão em busca de Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça. De acordo com informações das forças de segurança pública, os fugitivos ainda estão na região próxima ao presídio, entre as cidades de Mossoró e Baraúna, distantes aproximadamente 35 quilômetros uma da outra.

No último domingo, os fugitivos invadiram uma propriedade na zona rural de Baraúna e agrediram um agricultor que estava no local. O homem agredido relatou aos investigadores que Nascimento e Mendonça procuravam por comida, telefone celular e armas, levando mantimentos do local antes de fugir.

Com base no depoimento do agricultor, as forças policiais intensificaram as buscas na região rural de Baraúna, onde contam com extensas fazendas de banana, melão e melancia que podem servir de esconderijo para os fugitivos. Além disso, a região abrange o Parque Nacional da Furna Feia, administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que possui 207 cavernas em uma área de 8,5 mil hectares, incluindo mais 44 cavernas na zona de amortecimento.

Devido à prisão dos fugitivos nas proximidades da região, o ICMBio suspendeu temporariamente as visitas ao parque, que é frequentado por estudantes e pesquisadores interessados na caatinga e nas cavernas. As equipes de busca estão enfrentando dificuldades devido à densa vegetação da área, utilizando cães farejadores e drones com sensores térmicos para encontrar Nascimento e Mendonça.

A força-tarefa para recapturar os fugitivos reúne cerca de 600 agentes de diversas instituições de segurança, que se revezam em turnos ininterruptos. O ministro da Justiça e Segurança Pública afirmou que não há prazo para o término das buscas. A presença policial na região está afetando a rotina local, com moradores temendo invasões e prejuízos econômicos, como a paralisação das atividades agrícolas devido ao medo gerado pela situação.

A fuga de Mendonça e Nascimento é a primeira registrada no sistema penitenciário federal desde a sua criação em 2006. Investigações apontaram falhas nos equipamentos de segurança do presídio, como no sistema de monitoramento, levando à instauração de um processo administrativo e um inquérito policial para apurar as circunstâncias da fuga. As autoridades continuam mobilizadas na tentativa de capturar os fugitivos e garantir a segurança da região.

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