Com um total de 24 votos de um possível de 38, a escolha de Lilia Schwartz para a ABL foi marcada por uma disputa acirrada entre diversos candidatos, como Edgard Telles Ribeiro, Chirles Oliveira Santos, Ney Suassuna, Antônio Hélio da Silva, J. M. Monteirás e Martinho Ramalho de Melo. O processo de votação contou mais uma vez com a utilização de urnas eletrônicas cedidas pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro.
Lilia Schwartz é uma professora sênior do departamento de antropologia da renomada Universidade de São Paulo, além de atuar como Visiting Professor em Princeton, nos Estados Unidos. Com mais de 30 livros publicados, alguns deles traduzidos para diferentes idiomas, Schwartz conquistou reconhecimento e prestígio ao longo de sua carreira.
Entre as obras de destaque da historiadora, podemos citar títulos como “Retrato em branco e negro”, “Espetáculo das raças”, “As Barbas do Imperador”, “Brasil uma biografia” (em parceria com Heloisa Starling) e “Lima Barreto triste visionário”. Além disso, Schwartz também é responsável pela organização da coleção “História da vida privada”.
Lilia Schwartz já foi agraciada com diversos prêmios e reconhecimentos ao longo de sua carreira, incluindo a Comenda do Mérito Científico em 2010, a medalha Júlio Ribeiro da Academia Brasileira de Letras em 2008 e a Comenda Rio Branco em 2023. Além disso, ela também faz parte do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Iphan e do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável da República.
A entrada de Lilia Schwartz na Academia Brasileira de Letras certamente é um marco importante para a instituição, que passa a contar com mais uma renomada figura do mundo acadêmico em seus quadros.
