De acordo com as informações divulgadas pelo MPRJ, os principais líderes do esquema criminoso, Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel, e Ronnie Lessa, já estavam presos por seu envolvimento nas mortes da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Na nova fase da Jammer, foi revelado que os suspeitos mantinham uma relação direta com o líder da quadrilha, conforme evidências encontradas nas mensagens trocadas entre eles.
As investigações apontaram para a existência de recolhimentos de pagamentos feitos por seis denunciados, totalizando um saldo em conta de R$234.345,34. Além disso, as conversas interceptadas mostraram a submissão dos acusados a Suel, tratado como “patrão”, e discutiram diversos aspectos do funcionamento do esquema de GatoNet, incluindo cortes no fornecimento do serviço clandestino e comemorações relacionadas a medidas governamentais que favoreceriam o aumento de instalações da rede operada pela quadrilha.
A primeira fase da operação Jammer, realizada em agosto de 2023 em conjunto com a Polícia Federal, desvendou a utilização dos lucros obtidos com a exploração ilegal dos serviços na zona norte do Rio para financiar o advogado de Élcio Queiróz, outro suspeito de envolvimento nas mortes de Marielle e Anderson. Os investigadores descobriram ainda que Suel e Ronnie Lessa estruturaram o esquema ilegal nos bairros de Rocha Miranda, Colégio, Coelho Neto e Honório Gurgel, com diferentes papéis dentro da organização criminosa.
A nova fase da operação Jammer reforça o compromisso das autoridades em combater o crime organizado e a exploração ilegal de serviços, trazendo à tona detalhes sobre a atuação da quadrilha envolvida no esquema de GatoNet na zona norte do Rio de Janeiro.