Minas Gerais registra 71 mortes por dengue e 20 por chikungunya; casos de zika continuam em investigação.

Minas Gerais enfrenta um cenário preocupante em relação às arboviroses, com 71 mortes confirmadas por dengue e 324 em investigação desde o início do ano, de acordo com dados da Secretaria de Saúde do estado. Além disso, a chikungunya, outra doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, já causou 20 mortes confirmadas. O surgimento de casos fatais de chikungunya tem surpreendido, já que até pouco tempo atrás não se acreditava que a doença poderia ser letal.

Segundo informações da Secretaria de Saúde, até agora foram contabilizados mais de meio milhhão de casos prováveis de dengue em Minas Gerais, com mais de 190 mil confirmações da doença. Já em relação à chikungunya, foram notificados mais de 50 mil casos prováveis, com mais de 32 mil confirmações. A letalidade da dengue é de 2,29% sobre os casos considerados graves, enquanto a chikungunya tem uma letalidade de 0,06%.

Em resposta a esse cenário alarmante, o estado de Minas Gerais decretou emergência em saúde pública no final de fevereiro. Além disso, foram registrados também casos prováveis de zika, com algumas confirmações desde 2018. No entanto, as autoridades de saúde destacam que não houve casos confirmados de zika por métodos diretos de identificação viral no estado.

Apesar desses números preocupantes, o Ministério da Saúde aponta para uma possível desaceleração de casos de dengue em algumas regiões do país, como Minas Gerais e Distrito Federal, onde a epidemia começou primeiro. A pasta ressalta que a queda de casos nessas localidades nas últimas semanas é um sinal positivo, mas pede cautela na análise das curvas epidemiológicas.

Até o momento, nove estados brasileiros decretaram emergência em saúde pública devido ao aumento de casos de dengue. A situação é especialmente grave em Minas Gerais, onde há um grande número de decretos municipais relacionados à arbovirose. A preocupação com a proliferação dessas doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti continua presento, e é fundamental o engajamento de toda a sociedade no combate aos criadouros do vetor para conter essa epidemia.

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