Segundo os dados da Semana Epidemiológica 10, que compreende o período de 3 a 9 de março, a Fiocruz ressalta a tendência de crescimento da SRAG em decorrência da presença dos vírus em diferentes regiões do país. Estados como Goiás, Rio de Janeiro e São Paulo apresentam desaceleração no crescimento de SRAG em idosos, enquanto estados do Nordeste, Sudeste e Sul registram aumento de casos por influenza A.
A análise também aponta que a SRAG continua impactando principalmente crianças de até dois anos, com o VSR sendo o principal agente causador. O aumento de casos em pré-adolescentes e idosos é associado ao vírus influenza, enquanto a covid-19 ainda afeta mais as crianças pequenas e idosos acima de 65 anos, com uma taxa de mortalidade elevada nesse último grupo.
O coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, destaca o aumento de casos no grupo de 5 a 14 anos, que pode estar relacionado ao rinovírus, influenza e covid-19. A prevalência de casos positivos nos últimos meses aponta um maior impacto do Sars-CoV-2, seguido pelo VSR, influenza A e B.
A Fiocruz também identificou que 24 estados brasileiros apresentam indícios de crescimento da SRAG, com 20 capitais registrando aumento de casos. O cenário nacional aponta para uma expansão tanto a longo prazo quanto a curto prazo, com mais de 16 mil casos de SRAG notificados no ano epidemiológico atual, resultando em mais de mil óbitos.
Diante desse panorama preocupante, é fundamental reforçar as medidas de prevenção e controle para evitar a propagação dessas doenças respiratórias e proteger a população mais vulnerável. A vigilância e o monitoramento contínuo são essenciais para enfrentar esse desafio de saúde pública e proteger a vida dos brasileiros.