Segundo informações divulgadas pela SES-RJ na última sexta-feira (15), o trabalho de monitoramento é baseado em dados provenientes da plataforma Vigidesastres, desenvolvida pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) da secretaria, que reúne informações sobre desastres e danos causados por eventos climáticos nos 92 municípios fluminenses.
O auxílio desta plataforma permitiu à secretaria reunir informações para tomar decisões com mais rapidez e precisão, visando minimizar os impactos à população. Cidades mais afetadas pelos temporais têm recebido apoio da SES-RJ, que fornece desde hipoclorito de sódio para a potabilização da água até medicamentos, insumos e equipamentos médicos essenciais para o atendimento de emergência.
Durante o período analisado, municípios como Queimados, Paracambi, Mendes, Japeri, Engenheiro Paulo de Frontin e Barra do Piraí solicitaram apoio à secretaria devido aos danos causados pelas chuvas. A logística de distribuição dos insumos e medicamentos foi alterada para atender às demandas emergenciais, possibilitando que os municípios mais afetados recebam o suporte necessário em seus territórios.
A superintendente de Emergências em Saúde Pública, Silvia Carvalho, alertou para o aumento nos casos de doenças de veiculação hídrica, transmitidas por água e lama contaminadas. Segundo ela, são inúmeras as doenças que podem surgir em decorrência desse cenário, incluindo leptospirose, doenças diarreicas e dengue. A preocupação com a propagação de doenças torna-se ainda maior devido ao cenário epidêmico atual.
Durante o período de 5 de fevereiro a 6 de março, 23 municípios foram afetados por 36 eventos climáticos, principalmente relacionados a chuvas intensas e enxurradas. As regiões mais atingidas foram o centro-sul, metropolitana, Médio Paraíba, noroeste, serrana, norte e Baía da Ilha Grande.
Diante desse cenário desafiador, a SES-RJ está mobilizada para garantir o abastecimento das unidades de saúde e prevenir o surgimento de surtos de doenças evitáveis mediante ações emergenciais e estratégicas. A colaboração e o apoio mútuo entre os órgãos de saúde e os municípios atingidos tornam-se fundamentais para minimizar os impactos e proteger a saúde da população diante das adversidades climáticas.