Explosão de casos de dengue no Paraná leva governo estadual a decretar situação de emergência em saúde pública

O governo do Paraná decretou situação de emergência em saúde pública devido à crescente quantidade de casos de dengue no estado. A decisão foi tomada após um aumento significativo no número de casos e óbitos confirmados pela doença nas últimas semanas. O decreto terá validade por 90 dias e tem como objetivo reforçar as ações para o controle e combate à dengue.

Entre as medidas que serão intensificadas estão as visitas domiciliares para identificação e eliminação de focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, e o uso de larvicidas. A declaração de emergência também facilitará a destinação de recursos do governo estadual e federal aos municípios, agilizando processos de aquisição de insumos e medicamentos.

De acordo com o boletim epidemiológico mais recente, o Paraná registrou 34.996 novas notificações de dengue, com 17.044 casos confirmados e 12 novas mortes até o dia 12. Desde agosto de 2023, o estado contabiliza 222.590 notificações, 90.972 casos confirmados e 49 óbitos. 397 dos 399 municípios do Paraná já registraram notificações por dengue, com 366 casos confirmados.

A incidência de casos autóctones, ou seja, transmitidos dentro do próprio estado, alcançou 697 casos por 100 mil habitantes. Com uma incidência de 1.366 casos por cada 100 mil habitantes, o Paraná ocupa o quarto lugar no ranking de estados com maior incidência de dengue, atrás do Espírito Santo, Minas Gerais e Distrito Federal.

Para combater a propagação da dengue, o estado do Paraná realizará uma mobilização neste sábado (16) para reforçar ações de limpeza e conscientização. Equipes municipais e estaduais se unirão ao longo do dia para orientar a população sobre a remoção de criadouros.

Além do Paraná, outras nove unidades da Federação já decretaram emergência em saúde pública devido ao aumento de casos de dengue. O Ministério da Saúde registrou 288 decretos municipais, a maioria em Minas Gerais. A situação reforça a necessidade de ações urgentes para combater a proliferação do mosquito e evitar novos casos da doença.

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