Considerado uma das atrações mais populares do Museu do Ceará, o Bode Ioiô passou por um completo trabalho de restauração realizado pelo Museu de História Natural do Ceará Prof. Dias da Rocha (MHNCE), da Universidade Estadual do Ceará (Uece). Sob a coordenação do curador da Coleção de Aves do MHNCE, Dr. Marco Crozariol, e com o trabalho do taxidermista Emerson Boaventura, o restauro incluiu processos como higienização, esterilização e retoques na coloração da pelagem e inclusão de chifres, orelhas e um novo rabo.
Após o restauro, o Bode Ioiô foi transportado de Pacoti para Fortaleza, onde será a principal atração do Anexo Bode Ioiô no Museu do Ceará. Este retorno do bode à sua casa é celebrado pela população cearense, que tem no personagem um símbolo de irreverência e tradição.
O processo de restauração do Bode Ioiô durou cerca de 15 dias e envolveu etapas como desinfecção, refixação do couro, limpeza da pelagem e inserção de adereços naturais. Além disso, o trabalho em parceria com o Museu do Ceará resultou em um curso de taxidermia artística para voluntários do MHNCE, que produziram 14 peças a serem expostas em comemoração aos cinco anos da instituição.
A exposição do Bode Ioiô em Pacoti atraiu mais de 700 pessoas e marcou o primeiro encontro da população com o personagem restaurado fora da capital cearense. A restauração do Bode Ioiô faz parte do projeto “Pensar Museus no Ceará”, que inclui diversas atividades para promover a preservação do patrimônio cultural do estado.
Com a cerimônia de abertura do Anexo Bode Ioiô nesta sexta-feira, a expectativa é de que o personagem continue encantando e contando a história do Ceará por muitas gerações. A memória deste ícone da cultura popular cearense está agora preservada e pronta para ser apreciada pelos visitantes do Museu do Ceará.