Ministério da Agricultura ordena recolhimento de azeite fraudado; consumidores devem ficar atentos à lista de marcas proibidas

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) emitiu uma ordem na última sexta-feira (15) para que todas as lojas, varejistas e atacadistas retirem de suas prateleiras dez marcas de azeite de oliva extravirgem. As marcas em questão são: Terra de Óbidos, Serra Morena, De Alcântara, Vincenzo, Az Azeite, Almazara, Escarpas das Oliveiras, Don Alejandro, Mezzano e Uberaba.

Essa determinação é uma medida cautelar em decorrência da descoberta de um esquema ilícito de importação, adulteração e distribuição de azeite de oliva fraudados, revelado pela Operação Getsêmani. Durante essa operação, mais de 104 mil litros de azeite de oliva fraudados, além de embalagens e rótulos, foram apreendidos em ações realizadas em São Paulo, Recife, Natal e Saquarema.

O Mapa orienta os consumidores que adquiriram produtos das marcas citadas a interromperem imediatamente o consumo e a solicitarem a substituição do produto de acordo com o Código de Defesa do Consumidor. Aqueles que já consumiram o azeite incluso na lista de produtos não recomendados para comercialização podem pedir reembolso, desde que apresentem a nota fiscal comprovando a compra.

O Brasil, que é o terceiro maior importador de azeite de oliva do mundo, também possui uma produção local, porém ainda incipiente. A produção brasileira de azeite atingiu 503 toneladas em 2022, representando apenas 0,24% do consumo nacional. A qualidade do azeite brasileiro tem sido reconhecida por prêmios internacionais nos últimos anos.

Além disso, o Idec (Instituto de Defesa dos Consumidores) recomenda que os consumidores fiquem atentos ao aspecto do óleo, verificando se está turvo, e à informação sobre a mistura de óleos na embalagem. Também é aconselhável desconfiar de preços muito baixos, já que o preço do azeite tem se mantido em alta devido à diminuição histórica da produção global nos países europeus, principais produtores mundiais. A Embrapa destaca que o azeite é o segundo produto alimentar mais fraudado no mundo, atrás apenas do pescado.

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