Dólar fecha acima de R$ 5 após cautela com definições de juros nos EUA e Brasil; bolsa tem leve alta

Em um cenário de cautela em relação às definições dos juros nos Estados Unidos e no Brasil, o dólar fechou acima de R$ 5 pela primeira vez desde o final de outubro. Enquanto isso, a bolsa de valores encerrou o dia em uma leve alta.

O dólar comercial registrou um fechamento de R$ 5,026 nesta segunda-feira (18), com um aumento de R$ 0,028 (+0,57%). Apesar de uma abertura com uma pequena queda, a cotação da moeda norte-americana passou a subir logo após a abertura dos mercados dos Estados Unidos. No pico do dia, por volta do meio-dia, o dólar chegou a atingir a marca de R$ 5,03.

Esse valor representa o maior nível atingido desde o dia 31 de outubro, quando encerrou em R$ 5,04. No acumulado do mês de março, o dólar já apresenta uma alta de 1,09%, e no ano de 2024, a valorização é de 3,56%.

No mercado de ações, a instabilidade também foi um fator marcante. O índice Ibovespa, da B3, fechou o dia com 126.954 pontos, um aumento de 0,17%. As ações de empresas mineradoras conseguiram se recuperar de quedas anteriores devido ao aumento do preço internacional do minério de ferro. Por outro lado, as ações de petroleiras e empresas elétricas apresentaram queda.

A expectativa relacionada aos juros tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil teve um impacto significativo. Na próxima quarta-feira (20), o Federal Reserve (Fed) e o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) irão definir as taxas básicas de juros nos respectivos países.

Os dados recentes indicando um aquecimento na economia dos Estados Unidos reforçam as expectativas de que o Fed só irá começar a cortar os juros em junho. Além disso, taxas elevadas em economias avançadas tendem a incentivar a transferência de investidores de países emergentes.

No Brasil, espera-se que o Copom realize mais um corte de 0,5 ponto na Taxa Selic. No entanto, os indicadores que apontam para uma recuperação na economia brasileira, como a prévia do PIB divulgada pelo Banco Central, aumentam as chances de que o BC interrompa os cortes da Selic em junho. Uma redução menor do que a esperada pode estimular a migração de investidores da bolsa de valores para investimentos em renda fixa.

Diante desse contexto de incertezas e expectativas, o mercado financeiro segue atento às decisões dos bancos centrais e aos indicadores econômicos que influenciam os rumos da economia global e local.

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