Na madrugada desta segunda-feira (18), as forças israelenses cercaram o Hospital Al-Shifa, que abrigava cerca de 30 mil pessoas, alegando uma operação direcionada a áreas específicas do hospital onde supostamente terroristas do Hamas estariam se reunindo para planejar ataques.
De acordo com informações do porta-voz do Exército, os moradores do bairro Al-Rimal e arredores do Hospital Al-Shifa foram orientados a se deslocar para áreas seguras ao longo da costa sul de Gaza, em direção à zona humanitária de Al-Mawasi. A ação militar foi fundamentada em informações que sugeriam o uso do hospital por membros de alto escalão do Hamas para atividades terroristas.
Relatos da imprensa indicam que a área cirúrgica do Complexo Médico Al-Shifa estava cheia de feridos quando foi atingida por mísseis israelenses, resultando em incêndios no local. O médico Abdullah Mohammed informou nas redes sociais que todas as pessoas no interior do prédio estavam passando por cirurgias e não podiam evacuar devido à gravidade dos procedimentos.
O Ministério da Saúde palestino em Gaza confirmou vários mortos e feridos, incluindo relatos de asfixia de mulheres e crianças que buscavam abrigo no hospital. Equipes de resgate enfrentaram dificuldades devido à intensidade das chamas e dos ataques israelenses. Moradores de Al-Rimal testemunharam a presença de tanques israelenses e veículos blindados na região, com combates e troca de tiros ao redor do hospital.
No final do ano passado, o Exército israelense havia realizado uma operação no Hospital Al-Shifa, alegando ter encontrado munições, armas e equipamentos militares do Hamas, o que foi contestado pelo movimento palestino. Posteriormente, um túnel de 55 metros de comprimento foi descoberto no hospital, supostamente utilizado para atividades terroristas, segundo o Exército israelense.
A situação na região permanece tensa, com o conflito entre Israel e grupos armados em Gaza se intensificando. A comunidade internacional tem expressado preocupação com a escalada da violência e instado as partes a buscarem uma solução pacífica para o conflito. Novos desdobramentos são aguardados nas próximas horas.